2016: COMEX o que esperar? – Gizelle Gelinsky
2016: COMEX o que esperar?

2016: COMEX o que esperar?

2016: COMEX o que esperar?
* Por Gizelle Gelinsky, assessora de comunicação Time Log Agenciamentos, com informações do SECOM Porto de Itajaí.

 

Foto: Marcello Sokal - Boca da Barra Itajaí.
Foto: Marcello Sokal – Boca da Barra Itajaí.

Sabemos que estamos iniciando um ano de mais incertezas do que este que passou. Mesmo assim, vamos ser otimistas e acreditar que há solução para esta crise, lutando para que nosso país enfrente o momento delicado em que vive.
Nossa região é movida pelo Comércio Exterior – COMEX. Desde que foi assinado o contrato da Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí, em março de 2015, os empresários aguardam, ansiosos, a realização desta obra, para manter-nos competitivos dentro das tendências da navegação e contribuindo para o crescimento do COMEX no Estado.
Custeada pelo Governo do Estado de Santa Catarina, com valor estimado em R$ 105 milhões, a obra possibilitará ao Complexo, que é formado Porto Público, APM Terminals Brasil, Portonave Terminal Portuário Navegantes e demais terminais instalados a montante, operar navio com até 335 metros de comprimento e 48 de boca. Atualmente, o Complexo é limitado a operações com navios com o comprimento máximo de 306 metros.
Antonio Ayres dos Santos Junior, superintendente do Porto de Itajaí, frisa que a obra é fundamental para Itajaí se manter no mercado, num momento em que os armadores estão otimizando seus serviços e ampliando os tamanhos dos navios. “É imprescindível destacar a importância da comunidade portuária na busca dos recursos para o projeto, dos terminais APMT e Portonave, Associação Empresarial de Itajaí, sindicatos e outras entidades afins”.
No dia 1° de dezembro, o governador Raimundo Colombo, juntamente com o presidente da Fundação do Meio Ambiente – Fatma, Alexandre Waltrick Rates, entregaram a Licença Ambiental de Instalação – LAI da primeira fase da obra de reestruturação do canal de navegação do Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açú. “É uma obra grande, de custo elevado, mas precisa ser feita. Com a licença ambiental, a obra pode ser iniciada imediatamente”, acrescenta o governador.
Sem a Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí, os navios que já trafegam na nossa costa não podem atracar aqui, resultando numa perda significativa para o Complexo Portuário do Itajaí e suas condições operacionais. “Itajaí e Navegantes movimentam cerca de 1,1 milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano, o que nos coloca na segunda posição do ranking nacional de movimentação de cargas conteinerizadas, atrás apenas de Santos. Sem as obras essa condição estaria perdida”, complementa Ayres.
Segundo assessoria do Porto de Itajaí, os projetos já foram concluídos e as licenças ambientais expedidas. A empresa que ganhou a licitação, a Triunfo Engenharia, está finalizando os preparativos para a mobilização do canteiro de obras, com perspectiva de início dos trabalhos em janeiro de 2016.
Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí – A obra

O projeto envolve, em sua primeira fase, a retirada das guias correntes em frente ao Saco da Fazenda, nas margens de Itajaí e Navegantes, e a dragagem da nova bacia no local, com diâmetro de 530 metros e profundidade de 13 metros. O volume estimado de pedras a ser removido é de 463.140,39 metros cúbicos, com prazo para a conclusão de 18 meses.
A segunda fase tem expectativa de acontecer entre 2016/17 e contará com investimentos de aproximadamente R$ 240 milhões, custeados pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). Com as obras dessa segunda fase concluídas, o Complexo poderá operar cargueiros de até 365 metros. Essa fase vai englobar a realocação do molhe norte, possibilitando que o canal de acesso fique com a largura de 220 metros, ampliação da nova bacia de evolução (no Saco da Fazenda) e dragagens na bacia e canais de acesso.
“A nova bacia de evolução possibilitará a entrada de embarcações mais carregadas e maiores, que já estão circulando na costa brasileira. Hoje, o Complexo Portuário movimenta 70% da corrente de comércio catarinense e esta obra é mais do que necessária. A Portonave já está preparada para receber estes navios”, Osmari de Castilho Ribas, diretor-superintendente administrativo da Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes.

Alta do Dólar

No último dia 22 de dezembro, a cotação da moeda passou de R$ 4,00, batendo recorde histórico desde a implantação do Plano Real. A cotação comercial da moeda norte-americana fechou o dia em forte alta, a R$ 4,05, enquanto o euro fechou a R$ 4,50. Nos bancos comerciais e nas casas de câmbio, é necessário desembolsar cerca de R$ 4,30 para comprar 1 dólar em espécie e R$ 4,75 para comprar 1 euro.
Quando entrei na área do COMEX, em abril de 2003, o Dólar mantinha-se na casa dos R$ 3,30, onde a exportação era o carro chefe das transações logísticas.
Quando a taxa começou a cair, gradativamente, vimos os exportadores se adaptando ao mercado, e as importações movimentando os processos na cadeira logística diária, processo que levou anos.
O empreendedor deve estar atento ao que o mercado oferece. Com o Dólar em alta, as exportações ficam mais competitivas no mercado internacional. Cai a importação, mas eleva-se a exportação. Bingo!
A desvalorização do real é vista como positiva para os produtores de commodities agrícolas do Brasil, apesar do aumento dos custos decorrentes de insumos atrelados ao dólar e do ambiente de preços internacionais em curva descendente.
Segundo especialistas do setor, líderes de exportações do país, esta cotação em alta, vai se converter em negócios um pouco mais lucrativos, no momento em que os valores dos produtos cotados na moeda dos EUA forem convertidos em real.

Fica quem é bom!

É inegável: A crise política e econômica atingiu o COMEX brasileiro em cheio! Importadores e exportadores reduziram seus estoques, diminuindo seus processos. Isso é um fato! Estima-se que o fluxo de comércio exterior tenha caído em torno de 30%.
Não estou comemorando este momento (como vocês, a cada dia me surpreendo, horrorizada com as informações noticiadas), mas sabemos que este momento não é ruim para 100% dos brasileiros. Há quem esteja tendo excelentes resultados.
Toda crise tem seu lado bom, porque fica no mercado apenas aqueles que têm competência, trabalha corretamente e possui ferramentas de análise e resultados.
Estar antenado com as facilidades e ferramentas disponíveis para o COMEX, bem como incentivos do Governo Brasileiro, é fundamental para importadores e exportadores, como também, aqueles que vivem o dia a dia da cadeia logística brasileira.
* Gizelle Cristina Pereira Gelinsky, jornalista e assessora de comunicação, formada em Comunicação Social – Jornalismo na Univali (Agosto/1998) e pós-graduada em Gestão em Comunicação Empresarial, pela Univali (Junho/2015), trabalhou na área de Comércio Exterior entre os anos de 2003 até 2011.

Foto: Marcello Sokal – Boca da Barra Itajaí.
Contatos com Marcello podem ser feitos através dos telefones: (47) 3045-1375 e/ou 9941-7948 ou ainda, em seu site: www.marcellosokalfotografia.com.br.


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